segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Dia 31 de outubro

Dia de Halloween?
mas que droga!
O sistema escolar ainda esta adotando culturas que não é nossa
que são de outras culturas "outras principalmente"
como disse Carlos drumond De Andrades
hoje é aniver do grande poeta Carlos drumond De Andrades
que participou de grandes mudanças na literatura de nosso pais
o cara é abafado em nossas escolar no dia de seu aniver por um simplis motivo
por ser dia de Halloween.
toma ai seu alienado um pouco de ARTE e de cultura barsileira



O Elefante
Carlos Drummond de Andrade

Fabrico um elefante
de meus poucos recursos.
Um tanto de madeira
tirado a velhos moveis
talvez lhe dê apoio.
E o encho de algodão,
de paina, de doçura.
A cola vai fixar
suas orelhas pensas.
A tromba se enovela,
e é a parte mais feliz
de sua arquitetura.
Mas há também as presas,
dessa matéria pura
que não sei figurar.
Tão alva essa riqueza
a espojar-se nos circos
sem perda ou corrupção.
E há por fim os olhos,
onde se deposita
a parte do elefante
mais fluida e permanente,
alheia a toda fraude.
Eis meu pobre elefante
pronto para sair
à procura de amigos
num mundo enfastiado
que já não crê nos bichos
e duvida das coisas.
Ei-lo, massa imponente
e frágil, que se abana
e move lentamente
a pele costurada
onde há flores de pano
e nuvens, alusões
a um mundo mais poético
onde o amor reagrupa as formas naturais.

Vai o meu elefante
pela rua povoada,
mas não o querem ver
nem mesmo para rir
da cauda que ameaça
deixá-lo ir sozinho.
É todo graça, embora
as pernas não ajudem
e seu ventre balofo
se arrisque a desabar
ao mais leve empurrão.
Mostra com elegância
sua mínima vida,
e não há na cidade
alma que se disponha
a recolher em si
desse corpo sensível
a fugitiva imagem,
o passo desastrado
mas faminto e tocante.

Mas faminto de seres
e situações patéticas,
de encontros ao luar
no mais profundo oceano,
sob a raiz das árvores
ou no seio das conchas,
de luzes que não cegam
e brilham através
dos troncos mais espessos.
Esse passo que vai
sem esmagar as plantas
no campo de batalha,
à procura de sítios,
segredos, episódios
não contados em livro,
de que apenas o vento,
as folhas, a formiga
reconhecem o talhe,
mas que os homens ignoram,
pois só ousam mostrar-se
sob a paz das cortinas
à pálpebra cerrada.

E já tarde da noite
volta meu elefante,
mas volta fatigado,
e as patas vacilantes
se desmancham no pó.
Ele não encontrou
o de que carecia,
o de que carecemos,
eu e meu elefante,
em que amo disfarçar-me.
Exausto de pesquisa,

SÒ ISSO MAIS NADA!!!!!!!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Minha Vida em Cor-de-Rosa



Minha Vida em Cor-de-Rosa ensina convívio com as diferenças

O cinema independente e até o cinemão comercial já descobriram um filão que rende boas histórias e algumas sequências memoráveis. A sexualidade humana nunca esteve tão dependurada nas telas. Seja lá qual for a opção, tirando sexo com árvores de Natal, a diferença, a intolerância, a liberdade e as escolhas são questões que ajudam a construir bons roteiros e a discutir preconceitos.


O pequeno George Du Fresne arrasa como o menino que pensa ser uma garotinha

Minha Vida em Cor-de-Rosa, de Alain Berliner, conta as desventuras do garoto Ludovic (o ótimo Georges du Fresne). Ele cresce imaginando que nasceu no corpo errado: na verdade, acredita ser uma menina. Logo na primeira sequência, aparece em uma festinha promovida pelos pais para atrair a nova vizinhança em um lindo vestidinho. A impressão e o mal-estar não saem das cabecinhas dos vizinhos, que começam a pressionar e ridicularizar o garoto.

A rejeição se estende aos pais, aos colegas e a qualquer um que se aproxime de um sintoma de homossexualidade tão latente. Ludovic refugia-se do tormento em um mundo róseo, onde só cabem a boneca Pam, uma Barbie espevitada, e o apoio afetivo da avó (Helene Vincent).

O filme fez sucesso nos festivais gays e em mostras de cinema, embora não seja exatamente um libelo para as mocinhas enrustidas saírem do armário. Ainda assim, é um enfoque engraçado e acaba traindo uma mensagem edificante de convivência com as diferenças.








MINHA VIDA EM COR-DE-ROSA

Título Original: Ma Vie en Rose
País de Origem: Bélgica/França/Inglaterra
Ano: 1997
Duração: 110min
Diretor: Alain Berliner
Elenco: Michele Laroque, Georges Du Fresne e Jean-Philippe Ecoffey

Édith Piaf.



Ela nasceu como Édith Giovanna Gassion em Belleville, Paris no dia 19 de dezembro de 1915. Uma lenda diz que teria sido deixada na calçada da Rue de Belleville 72, mas sua certidão de nascimento cita o Hôpital Tenon.
Ela recebeu o nome de Édith em homenagem a uma enfermeira britânica da Primeira Guerra Mundial que foi executada por ajudar soldados franceses a escapar dos alemães. Piaf, um nome coloquial francês para um tipo de pardal, foi um apelido dado a ela vinte anos depois.


Filha de Annetta Giovanna Maillard e Louis-Alphonse Gassion. Os pais de Édith abondonaram-na cedo, e ela viveu por um curto período de tempo com sua avó materna, Emma. Sua avó não cuidava dela direito, deixando-a em uma saleta e sem tomar conta direito de sua higiene, ela ficou 18 meses com a avó até seu pai ir buscá-la. Antes de se alistar na armada francesa em 1916 para lutar na Primeira Guerra Mundial, o pai de Édith pegou-a devolta e levou-a para sua mãe cuidar, esta por sua vez trabalhava em um bordel em Bernay, na Normandia. Lá, prostitutas tomaram conta da pequena Édith.


Dos 3 aos 7 anos, Piaf ficou supsotamente cega devido a uma queratite. Outra lenda em sua vida, conta que curou-se depois que as prostitutas da casa em que vivia levaram-na para orar no túmulo de Santa Teresa. Devido a esse episódio, Édith conservou um devoção a Santa Teresinha por toda sua vida.


Em 1922, o pai levou Édith do prostibúlo para viver em sua companhia enquanto trabalhava em pequenos circos intinerantes. Em 1929, aos 14 anos, seu pai que fazia performaces acrobáticas nas ruas de toda França, época em que Édith cantou pela primeira vez em público (O hino da França).


Com 15 anos, ela deixou seu pai e foi viver sozinha para cantar nas ruas dos subúrbios de Paris. Ela juntou-se a uma amiga, Simone Berteaut, e as duas tornaram-se parceiras em travessuras. Piaf estava com 16 anos quando se apaixonou por Louis Dupont, um entregador.


Aos 17, Édith teve sua única filha, Marcelle, que morreu de meningite com 2 anos de idade em 7 de julho de 1935. Como a mãe, Piaf achou dificuldade em cuidar da filha enquanto vivia de cantoria nas ruas, por isso frequentemente deixava Marcelle para trás, Dupont criou a criança até sua morte.


O próximo namorado de Piaf era um cafetão chamado Albert que cobrava comissões do dinheiro que ela ganhava nas ruas cantando em troca de não forcá-la a se prostituir. Uma das amigas de Piaf, Nadia, suicidou-se quando encarou o fato de tornar-se prostituta, e Albert quase forçou Édith a tornar-se uma quando ela terminou o namoro em reação a morte de Nadia.


Em 1935, Piaf foi descoberta cantando na rua da área de Pigalle por Louis Leplée, dono do cabaré Le Gerny's, situado na avenida Champs Élysées, em Paris.




Foi ele quem a iniciou na vida artística e a batizou de "la Môme Piaf", uma expressão francesa que significa "pequeno pardal" ou "pardalzinho", pois ela tinha uma estatura baixa. Lepleé, vendo o quão nervosa Piaf ficava ao cantar, começou a ensinar-lhe como se portar no palco e disse-lhe para começar a usar um vestido preto quando se apresentasse, vestuário que mais tarde se tornou sua marca registrada como roupa de apresentação. Ele também fez enorme campanha para a noite de estréia de Piaf no Le Gerny's, o que resultou na presença de várias celebridades, como o ator Maurice Chevalier. Foi durante suas apresentações no Le Gerby's que Piaf conheceu o compositor Raymond Asso e a compositora Marguerite Monnot, que se tornou sua parceira e grande e fiel amiga por toda sua vida. É de Marguerite composições como "Mon légionnaire", "Hymne à l'amour", "Milord" e "Les Amants d'un jour".




No ano seguinte (1936), Piaf assina contrato com a Polydor e lança seu primeiro disco "Les Mômes de la Cloche", que se torna sucesso imediato. Mas no dia 6 de abril desse mesmo ano, Leplée é assassinado em seu domicílio. Piaf é interrogada e acusada de cúmplice, mas acabou sendo absolvida mais tarde. Ele foi morto por bandidos que tiveram, num passado não muito distante, laços com Piaf, o que gerou uma atenção negativa sobre ela por parte da mídia, ameaçando, assim, sua carreira. Para reerguer sua imagem, ela retoma contato com Raymond Asso, com quem, mais tarde, ela também viria a se envolver romanticamente. Raymond passou a ser seu novo mentor e foi ele quem mudou o nome artístico dela de "La Môme Piaf" para "Édith Piaf" e encomendou a Marguerite Monnot canções que tratassem unicamente do passado de Piaf nas ruas. A partir deste reencontro, Raymond começou a fazer Piaf trabalhar arduamente para se tornar uma cantora profissional de Music Hall. Em março de 1937, ela estréia no music hall ABC, onde ela se torna imediatamente uma imensa vedete da canção francesa, amada pelo público e difundida pela rádio.





Em 1940 estréia no teatro em uma peça de Jean Cocteau, "Le Bel Indifférent", escrita especialmente para ela, e que a fez contracenar com seu então companheiro, o ator Paul Meurisse. Ao lado de Paul, ela estréia em um filme em 1941, "Montmartre-sur-Seine" de Georges Lacombe.




Durante a ocupação alemã na França, Piaf continua seus shows. Muitos a consideraram uma traidora, mas seguindo a guerra, ela declarou que trabalhou a favor da resistência francesa. Na primavera de 1944, Piaf conhece o jovem cantor Yves Montand e passa a ser sua mentora e amante.

Em 1945, Piaf escreveu uma de suas primeiras canções, "La Vie en rose", a canção mais célebre dela e seu grande clássico. Em 1946, Montand estréia no cinema ao lado de Piaf em "Étoile sans lumière". Neste ano também o romance terminaria para os dois. Piaf acaba desfazendo o relacionamento quando ele está perto de alcançar o mesmo sucesso dela.





Durante esse tempo Piaf estava fazendo muito sucesso em Paris e em toda França. Após a guerra, tornou-se famosa internacionalmente, excursionando pela Europa, Estados Unidos e América do Sul. Entretanto, de início ela se deparou com pouco sucesso entre o público norte-americano. Mas, após a publicação de brilhante matéria de um proeminente crítico de Nova Iorque, Piaf viu seu sucesso crescer ao ponto de sua popularidade levá-la a se apresentar oito vezes no Ed Sullivan Show e duas vezes no Carnegie Hall.







Em 1947, ela faz seus primeiros shows nos Estados Unidos. Em 1948 durante sua volta aos Estados Unidos, ela conhece o grande amor de sua vida, o pugilista Marcel Cerdan. Marcel de nacionalidade francesa, mas nascido na Algéria, era casado na época e iniciou um tórrido romance com Édith Piaf. Pouco tempo depois dos dois se conhecerem, Marcel tornou-se campeão mundial de boxe. Em 28 de outubro de 1949, Marcel morreu em acidente de avião em um vôo de Paris para Nova Iorque, onde a iria reencontrar. Arrasada pelo sofrimento e também pelo sofrimento de poliartrite aguda, Édith Piaf começa a se aplicar fortes doses de morfina. Seu grande sucesso "Hymne à l'amour" e "Mon Dieu", foram cantados por Édith em sua memória.

Em 1951, o jovem cantor Charles Aznavour converte-se em seu secretário, assistente, chofer e confidente. Ela ajudou a decolar sua carreira, levando-o em turnê pelos EUA e pela França e gravando algumas de suas músicas. Começa uma história de amor com Georges Moustaki, que Édith lança para a música. Ao seu lado sofreu um grave acidente automobilístico no ano de 1958, e piora seu já deteriorado estado de saúde e sua dependência em morfina. Édith grava novo sucesso, a canção "Millord", da qual Moustaki é o autor.

Édith Piaf influenciou grande parte dos artistas de sua época. Tornou-se, principalmente, uma ponte para que estes se conhecessem; geralmente seu círculo de amizade se encontrava em sua casa. Foi na residência da cantora que grandes nomes da música francesa tiveram o primeiro contato e em diversas vezes iniciaram maravilhosas parcerias musicais, como por exemplo, Gilbert Bécaud, Jacques Pills (célebre cantor francês com quem a intérprete se casou em setembro de 1952), Jacques Plante, Louis Amade, Charles Aznavour (com quem também teve um caso amoroso), Jean Broussolle, Yves Montand, Jacques Prévert, Francis Lemarque, entre tantos outros, hoje também consagrados na história fonográfica da França e do mundo.








Ainda na residência de Piaf, Charles Aznavour conhecerá Jacques Plante que virá a ser um de seus grandes colaboradores. Assim, pouco a pouco, o círculo de relações e de colaborações de Piaf foi se alargando ainda mais. Numa época que, imediata ao pós-guerra, via nascer toda uma nova geração de artistas, não só a cantora teve apoio incondicional de seus amigos, todos maravilhosos profissionais de música, mas também ajudou na carreira de muitos deles.




Esta lenda morreu em 10 de outubro de 1963 aos 47 anos, com a saúde abalada pelos excessos, pela morfina e todo o sofrimento de uma vida. O transporte de seu corpo a Paris foi feito clandestina e ilegalmente e seu falecimento foi anunciado oficialmente em 11 de outubro em Paris. Édith faleceu no mesmo dia que seu amigo Jean Cocteau.