quinta-feira, 21 de abril de 2011


Encontrei-me
Na escuridão de minha alma
Meu corpo exausto
A procurar algo para preencher
Meu vazio
Os vermes que aqui rastejam
Estão acelerando a decomposição
De meu corpo
Tudo o que vejo são eles.
Meus discursos de amor
Acabaram
Meus olhos agora fechados
Conseguem ver
A podridão de meu mundo
 Meus atos antes
Não pensados
Agora dão voltas em meus pensamentos
Minhas mãos deslizando
Neste mísero papel
Que se enche de ânsia
A receber minhas lamentações
Estão trêmulas
Meu coração
Acelerado
Minha cabeça cheia
De nada
 Tudo dói
Nada é real
Afogo-me
Em minhas lagrimas
Caio num imenso sorriso
Falso
Todos mortos
Todos vivos
Todos eu.                   

Um comentário:

  1. Belo poema, muito forte, e eu conheço alguns fenomenos vividos pela poetiza que a inspiraram a expressar esta beleza.

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